junho 05, 2009

O HOMEM E SUA CASA, A TERRA




A estupidez nos leva a julgar-nos únicos, na escala da vida. A estupidez nos leva a pensar que somos filhos de deuses. A estupidez nos leva a imaginar que podemos sobreviver.

Não. Não somos a escala final da evolução biológica, nem filhos de um deus maluco que nos pôs aqui para gozar as delícias do paraíso perdido, depois do pecado.

Somos parte de um mundo em equilíbrio. Dele dependemos. E ele, esse planeta sereno em comparação com milhares ou milhões que podem existir no Universo, não depende de nós.

Somos o vírus da Terra, como quase tudo o que aqui existe.

Espécies mais fortes e gigantes, como os dinossauros, surgiram e desapareceram.

E assim com tantas outras espécies, que surgiram e desapareceram.

E a Terra continuou seu giro no espaço. Serena.

Serena, sim, mesmo com todos os terremotos, maremotos, tempestades e mudanças climáticas. Que são eventos mínimos, em comparação com eventos muito mais terríveis de inúmeros outros planetas no Universo.

Somos, os seres humanos, apenas mais uma espécie sobre esse planeta sereno. E temos, como, talvez, único diferencial de outras espécies, a possibilidade da escolha entre sobreviver ou morrer.

Se a espécie humana desaparecer de sobre a Terra, ela continuará serena a girar em torno de seu Sol, por muitos bilhões de anos ainda.

Mas temos a escolha: basta que cuidemos desse planeta sereno. Que não o maltratemos ao ponto de deixarmos com ele a escolha entre a nossa sobrevivência e a dele.

Porque ele, o planeta sereno, já escolheu, e sua escolha não nos contempla.

O equilíbrio está prestes a romper-se: é o momento de decidirmos se teremos herdeiros. Queimar o mundo em que vivemos não é matá-lo, porque ele se recupera, depois que se livrar de nós.

Então, o que você, ser humano, decide? Salvar o planeta e a si mesmo, ou deixar que ele, o planeta sereno, continue a girar em torno do sol sem a espécie humana?

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