dezembro 18, 2015

XÔ, GOLPISTAS!











As decisões do Supremo Tribunal Federal sobre o rito de processo de impeachment contra qualquer presidente da república deixaram claro, claríssimo, que qualquer açodamento que descumpra a Constituição e as leis do País é sinal de golpe.

O que a oposição tentou fazer com a presidenta Dilma Rousseff é golpe, não passa de uma suja e lamentável tentativa de golpe.

Porque, se eles têm razão para o afastamento da presidenta, que sigam a lei, que apresentem os fatos e os motivos de tal afastamento dentro do ritual legal, não com manobras e tentativas de burla do processo.

Além disso, as falas de vários juízes do STF deixaram também claro que o processo de afastamento de um presidente constitui um rito complexo, de grande impacto na vida pública do País. E mais: é um ato de caráter e natureza política, que deve ter regras claras e precisas, para que o trauma do impedimento de um chefe de Estado e de Governo não se transforme numa crise de tal proporção, que transtorne a normalidade jurídica tão duramente conquistada.

Ficou, repito, um recado claro: somos uma democracia em construção e, para que essa democracia se consolide, é necessário que as instituições funcionem de forma plena, com o cumprimento da Constituição e das leis, sem o açodamento e a selvageria golpista de aventureiros e ressentidos.

Enfim, mandou para o povo brasileiro um “xô, golpistas” que deve levar a oposição – se ela quiser prosseguir na aventura do impedimento – a respeitar as leis do País, a não concordar ou até a incentivar movimentos que pedem intervenção militar e outras asneiras que se ouviram pelas ruas. Que a oposição compreenda de uma vez por todas o que é democracia e como deve ser jogado o jogo da democracia.

Ou isso, ou estará condenada a ser oposição para sempre!

Porque o povo brasileiro vai compreender o recado que recebeu.



(P.S.: o fato é ainda mais relevante, se considerarmos a índole oposicionista de vários juízes da atual turma do STF!)

dezembro 13, 2015

ISTO É PAULO SKAF, ISTO É A FIESP!







Memória curta? Então relembre: o empresariado paulista, encastelado na FIESP, financiou a operação OBAN, que prendeu, torturou e matou dezenas e dezenas de “inimigos políticos”, isto é, cidadãos que discordavam da ditadura militar. E mais: esse mesmo empresariado, na época da ditadura, nomeou como diretores, presidentes etc. de suas empresas dezenas de militares, com a finalidade de, não só puxar o saco dos donos do poder, mas, principalmente, facilitar os trâmites burocráticos, ou seja, obter bons contratos com o governo dos milicos. Operação Lava Jato é fichinha perto da corrupção daquele tempo, em que tudo era feito sob os olhares complacentes da mídia, também ela comprometida com os mesmos mecanismos de financiamento público para empresas privadas.

Esse mesmo empresariado tem a boca bicuda de tanto mamar nas tetas do governo. Acostumada às benesses públicas, a indústria paulista parou no tempo: não se aproveitou dos bilhões e das facilidades, para se modernizar, para preparar-se para uma concorrência internacional e só sabe, hoje, reclamar de impostos. Para os empresários paulistas, a única solução para qualquer crise é pagar menos impostos, como se o mundo girasse em torno dos pobrezinhos que não produzem, não exportam, não se modernizam porque o governo toma deles tudo o que eles lucram. Coitados!

E então, há nesse empresariado chorão e despreparado para a abertura internacional, para os novos tempos, para a modernidade, para os conceitos modernos de administração just in time, para o aperfeiçoamento de seus métodos de produção, para a atualização permanente da mão de obra, para, enfim, a concorrência com mercados extremamente competitivos, o conceito de que tudo é culpa do governo, principalmente de governos democráticos não escolhidos por eles, que não seguem a cartilha de financiamento público, de protecionismo, de impostos baixos. Preferem a velha política do assistencialismo: eles querem continuar dando esmolas a comunidades, através do famigerado marketing social, a pagar corretamente impostos ou pagar salários decentes a seus funcionários. Fica mais barato, muito mais barato, financiar projetos sociais, que rendem fama e mantêm currais eleitorais, do que pagar o imposto justo.


E mais: há nesse empresariado o profundo sentimento de que são eles que devem deter o poder político da Nação. São eles que devem determinar os rumos sociais e políticos do povo. Por isso, há no DNA da FIESP, a entidade mais conservadora do que o próprio conservadorismo, profundamente entranhado no seu DNA, o sentimento de golpismo.

Assim como defenderam o golpe militar e o alimentaram até onde puderam, querem agora o mesmo golpe, através da destituição de um governo que não segue a linha política, econômica e social que eles defendem. Não admitem que o povo possa escolher livremente seus dirigentes e tudo fazem para influenciar essa escolha e, quando contrariados, vão para a mídia chorar as pitangas, numa clara campanha contra a democracia.

É o que tem feito o seu presidente, até agora, o senhor golpe Paulo Skaf. Em qualquer país, esse senhor já estaria processado e calado, por rasgar diariamente na televisão, nas campanhas políticas, nos jornais, a Constituição Federal e pregar abertamente o golpe. Sua canalhice já não tem meios termos. Está lá, no ESTADÃO de hoje, em palavras claras a sua defesa de uma saída não constitucional para uma crise deflagrada por eles mesmos, através da mobilização do empresariado para um boicote à reeleição da presidenta Dilma. Como não conseguiram evitar que o povo a escolhesse de novo, o corvo não se contenta com a carniça, quer o boi vivo e inteiro nas suas mãos, isto é, quer que se tire do poder um governo constitucionalmente eleito, para colocar “qualquer coisa” no seu lugar e essa “qualquer coisa” nós sabemos muito bem o que é: alguém que seja ou militar ou títere de uma política “liberal” protecionista dos interesses do empresariado paulista e, de reboque, dos demais seguidores da velha e carcomida “locomotiva”.

Vejam o que diz o senhor golpe Paulo Skaf, com todas as letras: “São dois caminhos: o governo resgata a sua credibilidade, o que acho impossível, ou haverá necessidade de mudança. Essa mudança pode ser por meio do impeachment, renúncia ou outra forma”. Ou seja: ameaça mais clara, mais objetiva não há. Os “dois caminhos” do canalha golpista se resumem num só: a presidenta tem que ser removida. Ou ela renuncia, ou se mata, ou nós a tiramos à força.


Onde está o Ministério Público Federal? Onde está o Supremo Federal? Onde estão as leis? Onde estão os defensores da democracia, da ordem, das leis? Isso é golpismo sujo! Isso é lacerdismo puro! O senhor  Skaf está cagando nas leis brasileiras, está dando uma banana para o povo brasileiro! Esse senhor nunca fez nada por ninguém, a não ser pela Federação que ele dirige. Um canalha desses devia estar preso! Não tem nenhuma serventia à Nação, é o cãozinho adestrado da FIESP a falar bobagem todo dia na televisão, como chefe da quadrilha que quer o golpe, como político encastelado nesse lixo falsamente democrático chamado PMDB, do qual ele é presidente estadual. Desculpem, disse cãozinho amestrado, mas não é bem assim: amestrado, sim, mas é na verdade um pitbull de dentes afiados, a latir grosso contra as leis, contra o governo constitucional, contra a Constituição. Urge dar-lhe o devido corretivo. Porque, quando ele parar de latir, é porque já teremos sido mordidos.