agosto 28, 2012

SERRA E KASSAB PREPARAM MAIS GOLPE NO ELEITOR PAULISTANO










Que a obsessão do Serra em ser presidente não arrefeceu, isso todos sabem. O que não sabe o eleitor paulistano é o golpe que se está articulando contra ele. Mais uma vez. A Prefeitura será o meio e o trampolim para as ambições do eterno presidenciável tucano. Mais uma vez.

Sigam em detalhes como esse golpe vem sendo articulado e pode se transformar no maior estelionato eleitoral da história recente do País. Pode parecer página de ficção, mas essa ficção se tornará um pesadelo - mais uma vez - para o eleitor paulistano, se ele eleger Serra como prefeito.

A última campanha eleitoral parecia ter queimado definitivamente a candidatura do Serra à presidência. Muitas coisas pesavam contra: a ascensão do Aécio Neves, o desgaste interno do candidato dentro do partido, falta de dinheiro...

No entanto, pouco a pouco, o vampiro ressurge das trevas, através de uma série de coincidências favoráveis e de um plano muito bem articulado com o prefeito de São Paulo, credor de Serra por sua carreira política.

O primeiro sinal detectado de que as coisas poderiam ser revertidos veio com o lento mas consistente declínio de popularidade do ex-governador mineiro. Aécio deixou de ser o queridinho de uma determinada mídia, que o abandonou por sua inconsistência política e intelectual e por seu pouco apego à própria imagem. Tem feito coisas que podem comprometê-lo numa campanha, ou seja, deixou de ser um político sério.

O segundo sinal foi o estrago que a criatura do Serra, o prefeito de São Paulo, fez nas hostes democratas (o DEM não parecia muito disposto a apoiar de novo o Serra), ao fundar o seu próprio partido. Embora mal avaliado como administrador, Kassab revelou-se um hábil político, capaz de fazer alianças com deus e o capeta, se necessário. Seu partido não é nem direita, nem de esquerda, nem de centro, como disse uma vez o próprio prefeito. Ou seja, é um partido - que até nasceu forte - para apoiar quem ele quiser, sem compromissos ideológicos.


Quando percebeu tudo isso, Serra - que não era candidato a prefeito de São Paulo - chutou a ética interna do PSDB e os culhões dos pré-candidatos que se esfalfavam para vencer as prévias e se apresentou como o candidato da união do partido e toda aquela baboseira que todos sabemos. Claro, o Kassab começava a pavimentar seu caminho para a presidência com a possibilidade de dinheiro, muito dinheiro, e de prestígio.

Como?

Essa é a parte mais engenhosa do plano.


Atentem bem para o seguinte: faltando 4 meses para o final de seu mandato, o prefeito Gilberto Kassab tem em caixa o total de 8 BILHÕES E 700 MILHÕES!

Descontados os gastos normais da Prefeitura, ele poderá deixará para seu sucessor a quantia de R$5.542.978.133,96. Isso mesmo: mais de 5 BILHÕES E QUINHENTOS MILHÕES DE REAIS!!!!

Aí, você poderá pensar: que legal, o próximo prefeito vai encontra dinheiro em caixa, para começar a governar!

Ingênuo pensamento!

Vejam o que realmente acontece:

Kassab prometeu, prometeu, prometeu... e só cumpriu 90 das 223 metas de seu governo (ou desgoverno. Preocupado com as questões políticas abandonou a administração da cidade).

Deixa, no entanto, dezenas de projetos prontos (só projetos!), como o túnel da Av. Jornalista Roberto Marinho/Imigrantes; túneis na Vila Mariana; Projeto da Nova Luz (um alentado, difícil e ambicioso projeto de recuperação de áreas deterioradas do centro, junto com a iniciativa privada); duplicação da Radial Leste até Guaianazes... etc...etc...etc... São todos projetos que demandam grandes obras, o que implica muito dinheiro. Para as empreiteiras, claro, e para quem executar os bilionários editais que já devem estar devidamente prontos e engavetados.

Qual é a mutreta, então?

Kassab tem uma grande dívida política para com seu padrinho, o Serra, e está na hora de pagar essa fatura e ainda faturar algum. Apoia fervorosamente o tucano e torce desesperadamente para que ele seja o seu sucessor.

Com todos os projetos prontos, com toda essa dinheirama em caixa, o SERRA não terá problemas em, já no primeiro ano de mandato, iniciar todas essas obras, lançando editais milionários, que vão transformar a cidade num canteiro de obras (pra infernizar ainda mais o trânsito) e chamar a atenção para sua administração.

Aí, você pensa: legal! Um prefeito dinâmico, empreendedor!

Mas, veja bem a armadilha: com tantas obras em execução nos dois primeiros anos de mandato, o (provável) prefeito Serra terá oportunidade de fazer CAIXA PARA SUA CAMPANHA À PRESIDÊNCIA: afinal, obras grandes significam propinas proporcionais (10% está bom para você? Ah, não: quero 20%, quero 30%... tudo se negocia!)

Então, COM DINHEIRO EM CAIXA, COM PRESTÍGIO EM ALTA, COM O APOIO DO KASSAB, o (provável) prefeito JOSÉ SERRA renuncia ao mandato - alegando pressão popular e aquela xaropada toda que já vimos antes - e se LANÇA CANDIDATO À PRESIDÊNCIA, mais uma vez, TENDO COMO VICE O SENHOR GILBERTO KASSAB!

Uma nota cômica: será que o Kassab joga - sendo vice-presidente - com a possibilidade de Serra renunciar ao mandato no meio para ser candidato a Papa?

Bem, brincadeiras à parte, aí está devidamente armado contra o eleitor paulistano - sempre enganado por uma mídia que morre de amores pele Serra e pelo PSDB - um bem articulado estelionato eleitoral.

Configurado para ser o crime perfeito. 

O vampiro arreganha, mais uma vez, os seus dentes.