Que a obsessão do Serra em ser
presidente não arrefeceu, isso todos sabem. O que não sabe o eleitor paulistano
é o golpe que se está articulando contra ele. Mais uma vez. A Prefeitura será o
meio e o trampolim para as ambições do eterno presidenciável tucano. Mais uma
vez.
Sigam em detalhes como esse golpe
vem sendo articulado e pode se transformar no maior estelionato eleitoral da
história recente do País. Pode parecer página de ficção, mas essa ficção se
tornará um pesadelo - mais uma vez - para o eleitor paulistano, se ele eleger
Serra como prefeito.
A última campanha eleitoral parecia
ter queimado definitivamente a candidatura do Serra à presidência. Muitas
coisas pesavam contra: a ascensão do Aécio Neves, o desgaste interno do
candidato dentro do partido, falta de dinheiro...
No entanto, pouco a pouco, o vampiro
ressurge das trevas, através de uma série de coincidências favoráveis e de um
plano muito bem articulado com o prefeito de São Paulo, credor de Serra por sua
carreira política.
O primeiro sinal detectado de que as
coisas poderiam ser revertidos veio com o lento mas consistente declínio de
popularidade do ex-governador mineiro. Aécio deixou de ser o queridinho de uma
determinada mídia, que o abandonou por sua inconsistência política e
intelectual e por seu pouco apego à própria imagem. Tem feito coisas que podem
comprometê-lo numa campanha, ou seja, deixou de ser um político sério.
O segundo sinal foi o estrago que a
criatura do Serra, o prefeito de São Paulo, fez nas hostes democratas (o DEM
não parecia muito disposto a apoiar de novo o Serra), ao fundar o seu próprio
partido. Embora mal avaliado como administrador, Kassab revelou-se um hábil
político, capaz de fazer alianças com deus e o capeta, se necessário. Seu
partido não é nem direita, nem de esquerda, nem de centro, como disse uma vez o
próprio prefeito. Ou seja, é um partido - que até nasceu forte - para apoiar
quem ele quiser, sem compromissos ideológicos.
Quando percebeu tudo isso, Serra -
que não era candidato a prefeito de São Paulo - chutou a ética interna do PSDB
e os culhões dos pré-candidatos que se esfalfavam para vencer as prévias e se
apresentou como o candidato da união do partido e toda aquela baboseira que
todos sabemos. Claro, o Kassab começava a pavimentar seu caminho para a
presidência com a possibilidade de dinheiro, muito dinheiro, e de prestígio.
Como?
Essa é a parte mais engenhosa do
plano.
Atentem bem para o seguinte: faltando 4 meses para o final de seu
mandato, o prefeito Gilberto Kassab tem em caixa o total de 8 BILHÕES E 700
MILHÕES!
Descontados os gastos normais da Prefeitura, ele poderá deixará para seu sucessor a quantia de R$5.542.978.133,96. Isso mesmo: mais de 5 BILHÕES E QUINHENTOS MILHÕES DE REAIS!!!!
Aí, você poderá pensar: que legal, o próximo prefeito vai encontra dinheiro em caixa, para começar a governar!
Ingênuo pensamento!
Vejam o que realmente acontece:
Kassab prometeu, prometeu, prometeu... e só cumpriu 90 das 223 metas de seu governo (ou desgoverno. Preocupado com as questões políticas abandonou a administração da cidade).
Deixa, no entanto, dezenas de projetos prontos (só projetos!), como o túnel da Av. Jornalista Roberto Marinho/Imigrantes; túneis na Vila Mariana; Projeto da Nova Luz (um alentado, difícil e ambicioso projeto de recuperação de áreas deterioradas do centro, junto com a iniciativa privada); duplicação da Radial Leste até Guaianazes... etc...etc...etc... São todos projetos que demandam grandes obras, o que implica muito dinheiro. Para as empreiteiras, claro, e para quem executar os bilionários editais que já devem estar devidamente prontos e engavetados.
Qual é a mutreta, então?
Kassab tem uma grande dívida política para com seu padrinho, o Serra, e está na hora de pagar essa fatura e ainda faturar algum. Apoia fervorosamente o tucano e torce desesperadamente para que ele seja o seu sucessor.
Com todos os projetos prontos, com toda essa dinheirama em caixa, o SERRA não terá problemas em, já no primeiro ano de mandato, iniciar todas essas obras, lançando editais milionários, que vão transformar a cidade num canteiro de obras (pra infernizar ainda mais o trânsito) e chamar a atenção para sua administração.
Aí, você pensa: legal! Um prefeito dinâmico, empreendedor!
Mas, veja bem a armadilha: com tantas obras em execução nos dois primeiros anos de mandato, o (provável) prefeito Serra terá oportunidade de fazer CAIXA PARA SUA CAMPANHA À PRESIDÊNCIA: afinal, obras grandes significam propinas proporcionais (10% está bom para você? Ah, não: quero 20%, quero 30%... tudo se negocia!)
Então, COM DINHEIRO EM CAIXA, COM PRESTÍGIO EM ALTA, COM O APOIO DO KASSAB, o (provável) prefeito JOSÉ SERRA renuncia ao mandato - alegando pressão popular e aquela xaropada toda que já vimos antes - e se LANÇA CANDIDATO À PRESIDÊNCIA, mais uma vez, TENDO COMO VICE O SENHOR GILBERTO KASSAB!
Descontados os gastos normais da Prefeitura, ele poderá deixará para seu sucessor a quantia de R$5.542.978.133,96. Isso mesmo: mais de 5 BILHÕES E QUINHENTOS MILHÕES DE REAIS!!!!
Aí, você poderá pensar: que legal, o próximo prefeito vai encontra dinheiro em caixa, para começar a governar!
Ingênuo pensamento!
Vejam o que realmente acontece:
Kassab prometeu, prometeu, prometeu... e só cumpriu 90 das 223 metas de seu governo (ou desgoverno. Preocupado com as questões políticas abandonou a administração da cidade).
Deixa, no entanto, dezenas de projetos prontos (só projetos!), como o túnel da Av. Jornalista Roberto Marinho/Imigrantes; túneis na Vila Mariana; Projeto da Nova Luz (um alentado, difícil e ambicioso projeto de recuperação de áreas deterioradas do centro, junto com a iniciativa privada); duplicação da Radial Leste até Guaianazes... etc...etc...etc... São todos projetos que demandam grandes obras, o que implica muito dinheiro. Para as empreiteiras, claro, e para quem executar os bilionários editais que já devem estar devidamente prontos e engavetados.
Qual é a mutreta, então?
Kassab tem uma grande dívida política para com seu padrinho, o Serra, e está na hora de pagar essa fatura e ainda faturar algum. Apoia fervorosamente o tucano e torce desesperadamente para que ele seja o seu sucessor.
Com todos os projetos prontos, com toda essa dinheirama em caixa, o SERRA não terá problemas em, já no primeiro ano de mandato, iniciar todas essas obras, lançando editais milionários, que vão transformar a cidade num canteiro de obras (pra infernizar ainda mais o trânsito) e chamar a atenção para sua administração.
Aí, você pensa: legal! Um prefeito dinâmico, empreendedor!
Mas, veja bem a armadilha: com tantas obras em execução nos dois primeiros anos de mandato, o (provável) prefeito Serra terá oportunidade de fazer CAIXA PARA SUA CAMPANHA À PRESIDÊNCIA: afinal, obras grandes significam propinas proporcionais (10% está bom para você? Ah, não: quero 20%, quero 30%... tudo se negocia!)
Então, COM DINHEIRO EM CAIXA, COM PRESTÍGIO EM ALTA, COM O APOIO DO KASSAB, o (provável) prefeito JOSÉ SERRA renuncia ao mandato - alegando pressão popular e aquela xaropada toda que já vimos antes - e se LANÇA CANDIDATO À PRESIDÊNCIA, mais uma vez, TENDO COMO VICE O SENHOR GILBERTO KASSAB!
Uma nota
cômica: será que o Kassab joga - sendo vice-presidente - com a possibilidade de
Serra renunciar ao mandato no meio para ser candidato a Papa?
Bem,
brincadeiras à parte, aí está devidamente armado contra o eleitor paulistano -
sempre enganado por uma mídia que morre de amores pele Serra e pelo PSDB - um
bem articulado estelionato eleitoral.
O vampiro arreganha, mais uma vez, os seus dentes.