dezembro 18, 2009

AS VIÚVAS DE FHC





Há uma “fábula” rodando por aí:




Um belo dia o príncipe se olhou no espelho mágico e perguntou:

- Diga-me, espelho meu, existe alguém mais Presidente, mais Inteligente, mais Competente, mais Príncipe do que eu? 

Respondeu o espelho:

- Sim: o Sapo!

Pois, é: o Sapo não tem diploma (a não ser o de Presidente), não é bonito, não é elegante, não fala inglês e se atrapalha com o português, não tem charme, tem um dedo a menos numa das mãos, mas...

É o cara! Um dos homens, hoje, mais influentes do planeta Terra. Cortejado por todos os poderosos. Admirado mundo afora. E tem 80% (eu disse oitenta!) de aprovação do povo brasileiro.

Também, pudera: começou a construir, agora pra valer, o Brasil do futuro. Tirou trinta milhões de pessoas da linha absoluta da pobreza. Livrou-nos do FMI. Estabilizou de vez a economia. Domou a inflação. Criou 10 milhões de novos empregos. Enfim, fez exatamente o contrário do que fizera antes o Príncipe, com sua elegância, com seus diplomas, com seu inglês fluente, com sua fala melíflua e seus modos de gente que comia três refeições por dia e estudava na USP.

No entanto, as viúvas do Príncipe continuam por aí, a carpir, com saudade, as várias recessões econômicas promovidas por ele, com o consequente extermínio de empregos, os apagões, a venda do patrimônio público a preço de bananas, enfim, todo aquele corolário neoliberal que todos conhecemos e que deixou o País quebrado e sem esperanças.

As viúvas espalham-se por aí, embora não sejam muitas. Fazem, no entanto, um barulho infernal, com seus lamentos e sua choradeira. Tentam ressuscitar seu Príncipe em políticos que rezem pela mesma cartilha, principalmente o atual ocupante do Palácio dos Bandeirantes, que é o seu atual preferido para ser o próximo Príncipe.

Dizem que as viúvas têm um partido – o PIG (Partido da Imprensa Golpista) – porque se alojam, principalmente, em redações de jornais, revistas e emissoras de rádio e televisão. Daí, a aparente (e eu acho, na verdade, que não é tão aparente assim, é real) força desse grupo. Mas eu acho que as viúvas formam, na verdade, um bloco carnavalesco, um bloco de sujos. Um bloco de sujos barulhento. Que fala e escreve bobagens por aí, no intuito de emplacar a candidatura do já eleito, na opinião deles, governador de São Paulo.

Essas carpideiras todas não são inocentes, não. São perigosas, porque têm força na mídia e um poder imenso de comunicação. Por isso, todo cuidado é pouco com essas viúvas – as mesmas que nos deram os governos militares (lembram como a mídia da época apoiou o golpe de 64? – eu não esqueço, não); depois nos impingiram um tal de caçador de marajás (lembram como a mídia da época fez até trapaça para eleger o cara? – eu não esqueço, não); e finalmente nos brindaram com o exterminador de empregos, o glorioso FHC, pelo qual elas, as viúvas, vivem ainda em lamento profundo, esquecidas de que ele já morreu há tempos, embora um fantasma seu siga por aí a falar e a escrever bobagens, consultando de vez em quando o seu espelho mágico que lhe repete sempre, num mantra para ele desesperador: o Sapo, o Sapo, o Sapo!

Ah, as viúvas do FHC! É preciso temê-las! É preciso exorcizá-las! É preciso isolá-las nos cemitérios em que trabalham, mas isso é quase impossível. Deixemo-las carpir e não lhes demos ouvidos, portanto!

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