outubro 04, 2010

O VOTO PAULISTA: TIRIRICA E OUTRAS TRANQUEIRAS





O palhaço Tiririca obteve uma das mais expressivas votações para Deputado Federal, da história deste País.

Em São Paulo.

O Estado mais politizado, mais rico e poderoso, na hora de votar, escolhe mal seus representantes.

Tiririca tem, sim, o direito de se candidatar. E pode, sim, ser eleito, como todo cidadão que vota e pode ser votado. Afinal, representação popular é isto: até os palhaços podem ser políticos. E dos bons. Já que há tantos políticos que são palhaços... dos ruins!

O problema não está na eleição do palhaço. O problema está na quantidade de votos que ele obteve. E mais: na quantidade de votos que outros piores do que ele também obtiveram.

Até o Paulo Maluf – suspenso pela Justiça Eleitoral até que se julgue se ele pode ou não se candidatar, de acordo com a famosa “Lei da Ficha Limpa” – obteve quase quinhentos mil votos!

Os eleitores paulistas abusam de escolher mal seus representantes. Basta uma olhada na lista dos eleitos, para identificarmos muitas tranqueiras ideológicas, muitos falsos políticos, muitos aproveitadores de fama instantânea,de uma profissão pública ou da fé do povo ou da proximidade a ídolos ou falsos ídolos, de todos os matizes.

Não vou nem citar nomes, mas há tranqueiras ideológicas em todas as classes sociais, e não apenas dentre aqueles que buscam o voto de brincadeira ou o voto das pessoas menos despolitizadas.

Então, um eleitorado que vota assim tão mal merece, sim, que seja eleito governador um homem como Geraldo Alkmin, cuja maior “qualidade” é não ter qualidade nenhuma, ser um zero à esquerda em termos de administrador, mas que milita no conservadorismo tão caro aos paulistas.

Afinal, qual a maior palhaçada? Tiririca no Congresso ou Alkmin no Palácio dos Bandeirantes?

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