outubro 06, 2010

COM QUANTAS MENTIRAS DE FAZ UMA VERDADE?



A Folha de São Paulo, jornal de direita e financiado pelo Governo do Estado de São Paulo, voltou a veicular publicidade na televisão, usando a figura do Hitler para dizer que uma mentira muitas vezes repetida se torna uma verdade.

Uma publicidade que veicula exatamente o tipo de política de difamação a que a Folha tem-se dedicado desde os tempos da ditadura militar.

Um jornal que tem o rabo preso, por apoiar escandalosamente a Operação Bandeirante, permitindo que seus veículos transportassem presos políticos para os porões do DOI-CODI, de sinistra memória, nos idos dos anos 60 e 70, agora quer-se arvorar em paladino da verdade publicando e republicando mentiras, repetindo e repetindo inverdades e difamações.

A intenção é clara: desconstruir a trajetória do PT e, principalmente, de sua candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff.

Porque a Folha de São Paulo, assim como a chamada grande imprensa, que está nas mãos de poucas famílias, nunca soube e não saberá jamais o que é ética jornalista: esconde-se sob a rubrica de “imparcial”, para publicar barbaridades.

Sua tática é simples: quando há uma notícia contra o seu candidato, o senhor José Serra, ou contra o PSDB, ela publica, sim, mas só aquela notícia que fará mínima cócega no “prestígio” do partido ou do seu queridinho. Ou seja, ela finge que ataca, mas na verdade está escondendo ou omitindo a verdade, dourando a pílula, enganando o seu leitor.

Notícias desfavoráveis ao PSDB são cuidadosamente escolhidas e publicadas, para dar a falsa impressão de neutralidade.

Já qualquer vestígio ou boato ou disse-me-disse envolvendo o PT e sua candidata não precisam ser verificadas ou confirmadas quanto à sua veracidade: ganham manchete e, se não for verdade, o desmentido vem nas páginas internas ou na palavra de seu ombudsman, num singelo “erramos” perdido entre as demais mentiras e aleivosias que ela publica diariamente.

Jornalismo desse naipe não tem correspondência em nenhum lugar do mundo: mesmo tomando posição a favor desse ou daquele partido político, a imprensa internacional tem procurado adotar certa postura ética.

Mas os jornalistas da Folha de São Paulo parecem desconhecer completamente qualquer senso de responsabilidade ou do que seja correção, compromisso com a verdade, ética, enfim.

Tem, pois, razão a Folha de São Paulo, ao erigir como garoto propaganda de sua canalhice a figura de Hitler, já que ela pratica um jornalismo de cores nitidamente fascistoides, de baixo nível e de permanente desrespeito a seus próprios leitores.

Contra esse tipo de imprensa é que todos nós, verdadeiros democratas, nos insurgimos. Mas o fazemos com a força de nosso protesto, e não com o uso de leis de exceção, como o fizeram quase todas as “famílias” que mandam no jornalismo brasileiro, durante o regime militar.

Não precisamos de leis que controlem a imprensa, mas queremos ter voz para protestar, sim, de todas as formas, contra as mentiras mil vezes repetidas na imprensa com a clara intenção de se tornarem verdades!

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