outubro 30, 2012

A PREFEITURA DE SÃO PAULO E O PT


(Foto de Aurelio Becherini)


Não sei se Fernando Haddad será o prefeito de meus sonhos ou dos sonhos dos paulistanos. Só o tempo o dirá. 

Mas, algumas coisas eu espero da administração do PT: melhoria do ensino municipal (como nos tempos da Erundina); uma visão mais humanista da cidade (obras podem ser importantes, mas não devem ser a principal meta de um prefeito), o que implica investir na melhoria de qualidade

 de vida, com tudo o que todos esperam: saúde, transporte, iluminação pública, calçadas mais acessíveis, centro recuperado etc. etc. etc.

Mas eu queria, mesmo, um PREFEITO QUE TIVESSE PEITO PARA FAZER DUAS COISAS:

1. juntamente com o GOVERNO DO ESTADO e com o GOVERNO FEDERAL, elaborar um PLANO DE ESVAZIAMENTO DA CIDADE, para que ela, primeiro, parece de crescer e, segundo, diminua (a nível de 8 milhões de pessoas, em 20 anos, seria uma boa meta). Como? Estimulando polos de atração a até 200 km de distância, onde as pessoas poderiam morar e trabalhar em São Paulo, com a construção de vias rápidas de acesso (trem bala, por exemplo); mudando a Capital do Estado para o interior (região de Sao Carlos me parece uma boa escolha: é centro geográfico do Estado), porque isso levaria daqui uma boa parte da infraestrutura burocrática do Estado;

2. peitar a máfia dos transportes, recriando a CMTC e promovendo a GRATUIDADE DO TRANSPORTE COLETIVO. Essa "gratuidade" seria relativa: seu financiamento poderia vir, primeiro, do subsídio dado às empresas privadas de transporte (parece que é da ordem de 1 bilhão por ano); segundo, da taxa de licenciamento de carros (uma parcela a ser definida iria direto para os cofres da prefeitura), ou seja, o proprietário de veículos ajudaria a pagar o transporte "gratuito" ou toda a população contribuiria com uma taxa anual (que provavelmente não seria muito alta) a ser descontada mensalmente na conta de água ou na conta de energia elétrica. Com um sistema "gratuito" (na verdade financiado por todo o povo), poder-se-ia estabelecer uma malha mais inteligente de circulação dos ônibus e até linha especiais para atendimento a polos de afluxo de trabalho, sem precisar "despejar" toda a população nos trens de metrô e CPTM, o que aliviaria esses sistemas.

Sei que isso é meio louco, mas, pensando bem, até que podeira dar certo. Afinal, a partir de ideias malucas é que o mundo, muitas vezes funciona e vai pra frente.

Enfim, São Paulo precisa de gente que não faça só viadutos e túneis, creches e escolas, mas também pense no seu futuro. 

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