
Os cretinos de sempre protestaram. Porque sua função é protestar. Respeitemos também os cretinos, porque eles também são humanos e devem ser respeitados. O que não nos impede de criticá-los.
É sempre assim: primeiro, eles criticam. Depois, tentam medidas desesperadas. Ao final, vence o bem senso. Ou a Justiça, em última instância.
Foi mais ou menos assim com o caso do garoto que a Lei e a lógica mandavam entregar ao pai e que a avó materna queria manter (e isso é sequestro, é cativeiro!). E não eram apenas as leis brasileiras que dão o direito ao pai de criar o filho, na falta da mãe: eram acordos internacionais! Mas os cretinos tinham que protestar.
Agora, o Programa de Direitos Humanos, divulgado pelo Governo, após anos e anos de discussões.
Reclamam que é contra a liberdade de informação, quando as indicações prevêem apenas a proteção do cidadão contra o mau uso da informação. Lembram a Escola Base? Informação é uma coisa, julgamento pela mídia é outra. E é crime. E deve ser combatido, porque é contra o direito das pessoas de terem defesa e julgamento justo.
Reclamam contra a recomendação de buscar, primeiro, a negociação, em caso de conflitos agrários. Ninguém é a favor de invasão de propriedades privadas, é um direito constitucional. Mas atirar primeiro e perguntar depois não tem contribuído em nada para minimizar o problema. E essa tem sido a constante, com a lamentável perda inútil de vidas humanas.
Reclamam contra a abertura dos porões da ditadura, quando todos os países que passaram por períodos de repressão já lavaram a sua roupa suja. Porque uma coisa é a defesa do Estado, outra é o cidadão usar essa desculpa para torturar, para estuprar, para satisfazer seus instintos monstruosos. Tortura não é crime político, é crime de lesa-humanidade!
Reclamam contra a proibição de símbolos religiosos em espaços públicos, como repartições, tribunais etc., como se isso representasse perigo à crença religiosa. Ora, senhores religiosos, respeitem-se, por favor. O Estado é laico. Não pode privilegiar tal ou qual seita ou religião. Além do mais, ninguém é obrigado a ter religião. A crer no mesmo que vocês acreditam. Ninguém vai obrigar a demolir o Cristo Redentor por causa disso (embora eu preferisse ver sobre o Corcovado qualquer outra coisa que não aquela estátua horrorosa!)
E há, ainda, muitos itens no Plano de Direitos Humanos que os cretinos deverão contestar, como a questão dos quilombolas, dos homossexuais, da união civil, taxação das grandes fortunas... Há lobby para todos! Para todos que não querem que os direitos humanos sejam respeitados.
Enfim, reclamem, seus cretinos. E deixem-me ter o direito de chamá-los de cretinos, por reclamarem. Assim como sempre tiveram o direito – que agora começa a mudar – de impor suas convicções.
Viva a liberdade! De pensamento, de expressão, de tudo! Porque respeito é bom e todos merecem!
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