setembro 22, 2017

EXÉRCITO NAS FAVELAS DO RIO DE JANEIRO









Quem viu a entrevista do Comandante do Exército, General Eduardo Villas Boas, ao Pedro Bial, nessa última terça-feira, dia 19 de setembro de 2017, deve ter percebido que, nas entrelinhas, o General foi muito claro: o Exército nas ruas, patrulhando favelas, como polícia, é só um jogo de cena do governo Temer, através do Jungmann, e do governador do Rio. 

O Exército não irá fazer o papel de polícia, porque, num confronto com traficantes – evento quase inevitável -, se um soldado matar o bandido, ele terá que ser julgado pelas leis civis, e não militares, como deseja a Justiça Militar, o que poderia levar o soldado a ser condenado.

Sem a proteção das leis militares, não há possibilidade de as Forças Armadas se constituírem em polícia ou virem a substituir a polícia, em ações nas favelas do Rio ou em quaisquer outras ações que impliquem ou possibilitem confronto com a bandidagem. 

Há ainda outros fatores, claro, como a própria destinação constitucional das Forças Armadas, além do fato de que seus soldados não estão preparados para policiamento, e sim para confronto em caso de guerra ou guerrilha.

Assim, essa história de que o governo autorizou forças militares do Exército para patrulhar as favelas do Rio tem apenas a finalidade de dar um pouco de “sensação de segurança” à população carioca, ou seja, é apenas uma tentativa de tapar o sol da desgraça do povo com a peneira da confissão de que a polícia carioca e as demais forças de segurança interna do País são incompetentes para resolver a situação de guerrilha urbana em que os traficantes transformaram o morro e a cidade do Rio de Janeiro.

E essas forças de segurança interna são incompetentes porque dependem de ordens, de armamentos, de treinamento, de serviço de inteligência e de muitas outras coisas mais de governos absolutamente incompetentes.




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