abril 04, 2010

O LIXÃO D’O ESTADÃO



Há muitos anos, quando surgiu o JORNAL DA TARDE, da empresa jornalística dos Mesquitas, um amigo meu decretou: é o lixão do Estadão. É onde eles publicam tudo o que não têm coragem de publicar no O ESTADO DE S. PAULO. Um pouco de exagero, claro. Mas...

Agora, os editores do tradicional e autodenominado quatrocentão da “família paulistana de quatrocentos costados”, repaginaram o vetusto jornal, para adaptá-lo aos novos tempos e à ameaça de total obsolescência ante as novas mídias, principalmente a Internet.

Até aí, tudo bem. Sempre se lamenta quando um órgão tradicional da velha imprensa se vê obrigado a encerrar suas atividades. Torço para que as cassandras do fim do jornalismo impresso estejam erradas e que, assim como o rádio sobreviveu à televisão, o jornalão também sobreviva a esses tempos eletrônicos.

Porém, ah, porém, como quase abertamente declarado participante do PIG – o PARTIDO DA IMPRENSA GOLPISTA (aquela que é contra o atual governo constitucional do País e desejou desde o primeiro dia a deposição do Lula) – hoje, 4 de abril de 2010, o ESTADÃO brinda seus leitores com o lixo do lixo da imprensa golpista: uma foto de página inteira do caderno “Aliás” do ex-presidente FHC, além de uma longa entrevista com o dito cujo, como se fosse ele o ideólogo-mor, o grande filósofo, o avatar das grande política brasileira.

Têm os Mesquitas o direito de publicar o que quiserem. Só não me neguem o direito de chamá-los de idiotas do conservadorismo, de golpistas e ressuscitadores de velhas ideias e mais velhos ainda ideais.

FHC está morto, enterrado!

Deixem-no em paz em seu túmulo. Que ele já fez mal demais a esse País, com seu governo – ou seria desgoverno – de oito anos de atraso, de roubalheira não investigada, de venda do patrimônio público, de demolição do Estado, de desemprego desenfreado – que o coloca entre os piores presidentes que o Brasil já teve em todos os tempos, incluindo aí até mesmo o período ou os períodos de ditadura. Porque – o que mais grave – estávamos numa época de liberdade e democracia, e mesmo assim o senhor FHC, com a conivência dessa mesma imprensa que ainda o endeusa, teve uma administração de total calamidade para o povo brasileiro, atrasando em oito anos o desenvolvimento sustentável desse País.

Mesmo que digam o contrário, não há nada mais diferente do que a administração Lula do governo desse senhor. Se os princípios macroeconômicos são os mesmos, é porque são princípios que, contrariados, dão no que já tivemos a oportunidade de ver durante as péssimas administrações do Sarney e do Collor, com seus planos mirabolantes de tentativa de contenção da inflação.

Lula conduziu e ainda está conduzindo o País para um estado de excelência que nunca antes na história desse povo se obteve. Lula é o primeiro grande passo para a emancipação total do Brasil de seu estado de letargia, de pobreza e de complexo de vira-latas em relação aos países desenvolvidos, principalmente com o desalinhamento de sua política externa – tanto diplomática quanto econômica – do “grande irmão” do Norte que, de irmão, nunca teve nada, a não ser o interesse de manter sob sua batuta os países da América do Sul, aos quais sempre olhou com desdém.

Então, senhores editores de O Estado de S. Paulo, poupem minhas diatribes: deixem em paz o morto, que ressuscitá-lo, como os senhores teimam em fazer, a cada edição vergonhosa como esta, só presta mesmo para atiçar os ânimos da tucanada invejosa e animar ainda mais os neoliberais de plantão, dispostos a tomar de novo o poder, sob as vistas mais do que grossas do PIG!

Nenhum comentário: